O que é?
No ano de
1994, foi assinada, por 34 países da América, a carta de intenções que cria as
diretrizes para a implementação da Alca. A formação de um bloco econômico de
livre comércio nas Américas, tem por objetivo eliminar, paulatinamente, as
barreiras alfandegárias entre os países. Em função do bloqueio econômico que
sofre, imposto pelos Estados Unidos, Cuba não faz parte deste acordo. O projeto de formação
da Alca está parado desde novembro de 2005, quando ocorreu a última Cúpula das
Américas.
Perspectivas
Quando
estiver em pleno funcionamento, a Alca será um dos maiores blocos econômicos do
mundo. Na América do Norte, já funciona o bloco econômico NAFTA (Estados
Unidos, Canadá e México) e na América do Sul, o Mercosul (Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai ). Em funcionamento, a Alca terá, aproximadamente um PIB (todos os países juntos) de US$ 20 trilhões e uma
população de cerca de 850 milhões de habitantes.
Dificuldades
de Implementação
Os
Estados Unidos estão na liderança da implementação da Alca, por se tratar da
maior economia da América. Interessados na abertura total dos mercados,
encontram resistências de países em desenvolvimento, temerosos da implantação
da Alca. Este medo vem justamente de fraquezas econômicas e pouco
desenvolvimento em áreas industriais. Uma abertura geral poderia provocar a
ruína de parques industriais nestes países.
O Brasil tem defendido a ideia de uma abertura gradual e de negociações feitas em blocos. Desta forma, o Brasil ganharia mais força para negociar com os Estados Unidos.
O Brasil tem defendido a ideia de uma abertura gradual e de negociações feitas em blocos. Desta forma, o Brasil ganharia mais força para negociar com os Estados Unidos.
Muitos
países em desenvolvimento da América Central e do Sul precisariam de
investimentos bilionários em infra-estrutura para que suas economias suportem a
entrada num mercado econômico do porte da Alca. Setores como o de transportes,
telecomunicações, energia, água, portos e aviação devem ser reestruturados.
Também
existem barreiras internas nos Estados Unidos, pois em 1997 o então
presidente Bill Clinton, não conseguiu aprovar no Congresso o chamado fast
track, que seria a via rápida para a implementação da Alca. Muitos sindicatos
patronais e de trabalhadores, resistem a ideia da Alca por temerem a
concorrência de produtos estrangeiros. Os trabalhadores, por exemplo, temem o
desemprego com o funcionamento Alca.
Um
caminho inevitável
Com a globalização da economia mundial, a formação de blocos
econômicos é inevitável para as economias dos países. Estes blocos proporcionam
redução nas tarifas alfandegárias, facilitam a circulação de mercadorias e
pessoas, alem de fomentar o desenvolvimento de infra-estrutura nos países
participantes. Porém, o ideal é que estes blocos funcionem de tal forma que
todos os países ganhem com este processo. No futuro, economistas dizem que as
relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos
econômicos. Ficar fora deles não será a via mais inteligente para países que
pretendem o crescimento industrial, melhorias sociais e aumento do nível de
empregos.
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