terça-feira, 6 de maio de 2014

Fluxo de Informações


O fluxo da informação é aquele que permeia toda a cadeia transferindo informações advindas do mercado consumidor. Na extração da matéria prima e o consequente transporte até uma unidade fabril, já se tem uma noção clara do que o mercado consumidor está disposto a adquirir e a que preço, então segue as operações até a entrega final, porém através de pesquisas e métricas é possível saber o grau de satisfação dos consumidores e tais informações devem ser compartilhadas por toda a cadeia envolvida nas operações para correção e ajustes que impactam na melhoria e eficiência, portanto a informação muitas vezes caracteriza-se como mais importante que as capacidades operacionais dos agentes envolvidos, de posse destas informações várias alternativas e mudanças podem ser aplicadas e maximizar as atividades o que impacta positivamente nos resultados finais.
Uma informação eficiente permeia toda a cadeia nos dois sentidos e em todos os elos a Logística se preocupa com a eficiente troca de informação, pois na ponta está o cliente na expectativa de adquirir um produto quando não já adquirido.
Em toda atividade operacional os custos são recorrentes e mensuráveis, mas não a informação. Há sim o custo investido para que os canais de informação sejam eficientes, porém sem o uso compartilhado acabam esbarrando em burocracias culturais e enraizadas dificultando que o fluxo contínuo eleve a capacidade de aproveitar da melhor forma as oportunidades presentes.
Cada organização se preocupa com sua “casa” e entende como cliente o próximo com quem irá negociar seus produtos ou serviços, além dos que já fazem parte de sua carteira, mas é perceptível que os fornecedores impactam diretamente nos resultados desta, caracterizando-se assim como um parceiro no qual compartilhar informações pode dar solidez competitiva ao player. Antes restrito a contratos comerciais com cláusulas específicas e irrevogáveis, hoje compartilhando informações em reuniões ou em sistemas integrados entendendo a extensão das atividades fortalecendo a marca perante o mercado atuante, assim se caracteriza o novo cenário defendido pelos profissionais de Logística que fazem referência ao termo Suplly Chaim “Cadeia de Suprimentos”.
O adm. Paulo Spinato colabora com um artigo postado no Portal Administradores.com.br, sob o título: “A importância do fluxo de informações organizacional” explana que “Informações são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis da estrutura organizacional” e que “A comunicação, antes de ser instrumental, é humana. Necessita de resposta para realizar, pois a mensagem sem retorno é uma comunicação falha e incompleta”, defende o autor que de um modo geral a comunicação formal e burocrática, aquela mecanizada muito utilizada no cotidiano é a mais preocupante em termos de eficácia destes mecanismos e não uma linguagem que possa simplificar a compreensão do conteúdo público, o que torna muito mais difícil a motivação e entendimento sistêmico das diretrizes, de outra forma estão mais preocupados com modelos hierárquicos do que o compartilhamento eficiente das informações.
O que difere informação de comunicação é que a primeira se preocupa em transmitir aos parceiros informações acerca das atividades profissionais, ou seja, transmitem o que esperam de cada um isoladamente e em conjunto com propósitos profissionais integrados, enquanto a segunda: ressalta Paulo Spinato: “está centrada na notícia escrita, nas circulares, nos boletins, nos memorandos, nos avisos, nas ordens de serviço e nos manuais de procedimentos” de modo que não se caracteriza informação e sim apenas comunicação.
Há que pensarmos na importância que é devida a informação há vários exemplos de atividades totalmente desorganizadas, onde cada um, preocupado com o próprio umbigo negligencia o compartilhamento de informações estratégicas, há que se entender que as características de mercado atuais exigem que as relações sejam de parcerias, então quanto mais eficiente for a informação melhor as chances de aproveitamento das oportunidades momentâneas, defender seu lado pode até ser uma boa estratégia para se esquivar dos problemas atuais, mas o mercado é cruel e implacável e quando mudarem os ventos a falta de parceria pode representar duras perdas econômicas, de mercado, prestígio, quando não um impedimento ao crescimento sustentável.
Há algumas décadas atrás grandes organizações eram donas sozinhas de toda estrutura assim chamada de verticalizada e todo departamento era visto como parte fundamental para o todo, com a nova estrutura organizacional, atualmente a verticalização se nos mantém mesmos moldes, só que com estruturas departamentais independentes e sob a gestão de “terceiros”, porém sua importância continua a mesma, então, quanto mais informação compartilhada melhor, ao invés de tratar o fornecedor como mero fornecedor, o enfoque passa a ser vê-lo, tanto a organização como um todo como cada agente colaborador como parceiro de negócio.

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