O
fluxo da informação é aquele que permeia toda a cadeia transferindo informações
advindas do mercado consumidor. Na extração da matéria prima e o consequente
transporte até uma unidade
fabril, já se tem uma noção clara do que o mercado consumidor está disposto a
adquirir e a que preço, então segue as operações até a entrega final, porém
através de pesquisas e métricas é possível saber o grau de satisfação dos
consumidores e tais informações devem ser compartilhadas por toda a cadeia
envolvida nas operações para correção e ajustes que impactam na melhoria e
eficiência, portanto a informação muitas vezes caracteriza-se como mais
importante que as capacidades operacionais dos agentes envolvidos, de posse
destas informações várias alternativas e mudanças podem ser aplicadas e maximizar
as atividades o que impacta positivamente nos resultados finais.
Uma
informação eficiente permeia toda a cadeia nos dois sentidos e em todos os elos
a Logística se preocupa com a eficiente troca de informação, pois na ponta está
o cliente na expectativa de adquirir um produto quando não já adquirido.
Em
toda atividade operacional os custos são recorrentes e mensuráveis, mas não a
informação. Há sim o custo investido para que os canais de informação sejam
eficientes, porém sem o uso compartilhado acabam esbarrando em burocracias
culturais e enraizadas dificultando que o fluxo contínuo eleve a capacidade de
aproveitar da melhor forma as oportunidades presentes.
Cada
organização se preocupa com sua “casa” e entende como cliente o próximo com
quem irá negociar seus produtos ou serviços, além dos que já fazem parte de sua
carteira, mas é perceptível que os fornecedores impactam diretamente nos
resultados desta, caracterizando-se assim como um parceiro no qual compartilhar
informações pode dar solidez competitiva ao player. Antes restrito a contratos
comerciais com cláusulas específicas e irrevogáveis, hoje compartilhando
informações em reuniões ou em sistemas integrados entendendo a extensão das
atividades fortalecendo a marca perante o mercado atuante, assim se caracteriza
o novo cenário defendido pelos profissionais de Logística que fazem referência
ao termo Suplly Chaim “Cadeia de Suprimentos”.
O
adm. Paulo Spinato colabora com um artigo postado no Portal
Administradores.com.br, sob o título: “A importância do fluxo de informações organizacional” explana que
“Informações são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis
da estrutura organizacional” e que “A comunicação, antes de ser instrumental, é
humana. Necessita de resposta para realizar, pois a mensagem sem retorno é uma
comunicação falha e incompleta”, defende o autor que de um modo geral a
comunicação formal e burocrática, aquela mecanizada muito utilizada no
cotidiano é a mais preocupante em termos de eficácia destes mecanismos e não
uma linguagem que possa simplificar a compreensão do conteúdo público, o que
torna muito mais difícil a motivação e entendimento sistêmico das diretrizes,
de outra forma estão mais preocupados com modelos hierárquicos do que o
compartilhamento eficiente das informações.
O
que difere informação de comunicação é que a primeira se preocupa em transmitir
aos parceiros informações acerca das atividades profissionais, ou seja,
transmitem o que esperam de cada um isoladamente e em conjunto com propósitos
profissionais integrados, enquanto a segunda: ressalta Paulo Spinato: “está
centrada na notícia escrita, nas circulares, nos boletins, nos memorandos, nos
avisos, nas ordens de serviço e nos manuais de procedimentos” de modo que não
se caracteriza informação e sim apenas comunicação.
Há
que pensarmos na importância que é devida a informação há vários exemplos de
atividades totalmente desorganizadas, onde cada um, preocupado com o próprio
umbigo negligencia o compartilhamento de informações estratégicas, há que se
entender que as características de mercado atuais exigem que as relações sejam
de parcerias, então quanto mais eficiente for a informação melhor as chances de
aproveitamento das oportunidades momentâneas, defender seu lado pode até ser
uma boa estratégia para se esquivar dos problemas atuais, mas o mercado é cruel
e implacável e quando mudarem os ventos a falta de parceria pode representar
duras perdas econômicas, de mercado, prestígio, quando não um impedimento ao
crescimento sustentável.
Há
algumas décadas atrás grandes organizações eram donas sozinhas de toda
estrutura assim chamada de verticalizada e todo departamento era visto como
parte fundamental para o todo, com a nova estrutura organizacional, atualmente
a verticalização se nos mantém mesmos moldes, só que com estruturas
departamentais independentes e sob a gestão de “terceiros”, porém sua
importância continua a mesma, então, quanto mais informação compartilhada
melhor, ao invés de tratar o fornecedor como mero fornecedor, o enfoque passa a
ser vê-lo, tanto a organização
como um todo como cada agente colaborador como parceiro de negócio.
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